Quem sou eu

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Aluno de Física se destaca na 2ª Conferência Municipal de Cultura

O município de Luís Gomes realizou no último dia 03 de novembro a sua 2ª Conferência Municipal de Cultura, que teve como tema: Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento. E, no transcorre dos trabalhos o nosso aluno Gezinildo Esmael, 5º período do curso de Física, se destacou com a declamação de bons poemas, mostrando aos presentes que além de amantes das fórmulas, cálculos e números é também esperto no trato da “última flor do Lácio”, arrancando aplausos de todos os presentes. E, ilustrando o afirmado segue um dos seus trabalhos.

A Feira de Luís Gomes

I

Situada no alto da serra
Sua beleza nos encanta,
Suas curvas, suas árvores
Onde o sabiá dorme e canta,
O turismo, a economia
O clima, a noite fria
A muitos já encantou;
No saber e na amizade
Luís Gomes nossa Cidade
É uma terra de valou.

II

Aqui temos de tudo,
Aqui de tudo tem,
A goma para o beiju
O milho para o xerem,
Arroz de casca e caju
Frango, capote e peru
Macaxeira e mugunzá;
Bolo de milho, e pipoca
Carne moída e paçoca
E rede pra se deitar.

III

Carne de gado e de porco
E, costela pra o pirão,
Jerimum e batatinha
É tudo ai pelo chão,
Laranja doce e manga china
Acha-se em cada esquina
Banana, melão e cajá;
Maçã, goiaba e piqui
De tudo, há por aqui
É só saber procurar.

IV

Olha a calça, olha a camisa
Um grita, outro escuta,
Olha o tênis, olha a bola
Vem um moleque e chuta,
O sorvete está passando
Escuta alguém avisando
E, é aquele movimento;
Olha o pote e a panela
O rabicho pra cadelha
O cabresto pro jumento.

V

Ferrolho, cabo de foice
É machado e peixeira,
Chapéu de couro e de palha
E lenço pra rezadeira,
Tem fechadura e dobradiça
Olhando assim, dá uma doidiça
Que chego a confundi;
Se o que como assado
É preá ou é veado
É lambú ou juriti.

VI

Toalha pra cama e pra mesa
Há numa banca bem discreta,
Buzina farol e pedal
E sela pra bicicleta,
Corrente catraca e coroa
Bolacha pão de pacote e broa
Tudo por cima da lona;
Feijão fava e rapadura
Todo tipo de verdura
O freguês seleciona.

VII

Tamboretes vendem na praça
Juntos com xícaras e colheres,
Fogão a carvão e lamparinas
Oferecem as mulheres,
Bijuterias e gaiolas
Vê-se cordas pra violas
E, também pra violão;
CDs de Sampa e forró
Chitãozinho e Xororó
Axé pagode e baião.

VIII

Vende-se alicate e martelo
Na calçada do mercado,
Pomada de padre Cícero
Pra curar o resfriado,
Tergal cambraia e gibão
Pente relógio e cordão
Enfeitando a moçarada;
Fica aquele vai-e-vem
E ninguém e de ninguém
Lá em cima da calçada.

IX

Câmara de ar e pneu
Há no shopping da esquina,
Café com bolo e tapioca
Na banca de Severina,
DVD frango de granja
Aqui de tudo se arranja
Tem de tudo e muita gente;
Na feira da nossa terra
Aqui em cima da serra
Um lugar bem diferente.

X

É nas manhãs de domingo
Nossa feira é tradição,
Vem gente de todo lado
Desta vasta região,
O grito ecoa no centro
Quem ta fora, vem pra dentro
Para vender, e comprar;
Corda pinico e bacia
Viagra juá melancia
Cangalha e caçoar.

XI

Eita feira arretada
É esta aqui de nós,
Encontram-se até cabrestos
Já prontos para anzóis,
E, se quiser comer filé
Lá em Chico de Raé
É só seguir a esquina;
Não precisa nem pescar
E, pede pra acompanhar
Ou cerveja ou cajuína.

XII

É aqui em Luís Gomes
Na tromba do elefante,
Uma cidade crescente
Com um poder relevante,
Venham aqui, nos visitar
No oeste potiguar
Terra de gente de sorte;
Num cantinho do Brasil
Bem no bico do funil
Do Rio Grande do Norte.


Nenhum comentário:

 #tbt  da ação realizada em homenagem ao dia 8 de março, dia Internacional das mulheres. Hoje é dia de relembrar as trajetórias de mulheres ...