ENTREVISTADO: Ricardo Holz Administração Pública e governos Ricardo Holz,30 anos. Formado em Gestão Pública (Facinter) pós-graduado em Administração Pública e Governo (ILP / FGV) é diretor executivo do grupo Blue, de comunicação e presidente da ABE-EAD.
Você foi aluno de EAD, como foi essa experiência?
O que esta vivência diferenciada lhe proporcionou?Estudar a distância foi uma ótima experiência. Na verdade ainda é, uma vez que curso uma pós-graduação nesta metodologia. Quando iniciei meu primeiro curso EaD, que foi uma graduação em gestão pública pela Fatec, do grupo Uninter, fiz esta opção em virtude da falta de tempo para freqüentar todos os dias no mesmo horário uma sala de aula, e outro fator determinante foi na época, a dificuldade financeira para arcar com os altos custos de um curso presencial.A experiência, em primeiro lugar, mudou minha vida, pois foi o elo que usei para somar minha vontade de crescer e ter sucesso a uma formação. Hoje eu acredito que é possível proporcionar acesso ao ensino superior para um universo de pessoas que não poderiam estudar de outra forma.
Quais os pontos positivos e negativos que você pode identificar entre a EAD e a educação presencial?
Os pontos positivos são, sem dúvida, a flexibilização do tempo de estudo, que faz com nós possamos adequar a realidade vivida com a possibilidade de se aperfeiçoar, passando a depender apenas de nossos esforços. Soma-se a isso outro fator de suma importância para a realidade brasileira, que é o custo menor das mensalidades a serem pagas, entre outros.Os pontos negativos são, como também é no ensino presencial a necessidade de melhoria na infra-estrutura da metodologia que, ao longo do curso foi se aperfeiçoando. Contudo, a maioria das instituições ainda hoje precisa melhorar em diversos aspectos como, por exemplo, atendimento aos alunos, material didático, web tutoria etc.
Hoje, como presidente da ABE ? EAD, o modo como enxerga o ensino a distância sofreu alguma modificação?
Hoje tenho uma visão mais global do processo como um todo, em razão de estar em contato constante com os três pilares do sistema: o MEC / SEED, os estudantes e as instituições, o que faz eu ter uma visão diferente de quando era apenas aluno.
Como a ABE enxerga EAD no Brasil atualmente?
A EaD, em especial no ensino superior, esta atravessando um momento delicado de adaptações e ajustes. Com uma nova legislação imposta por parte do SEED / MEC para as instituições, fará com que o setor, com certeza, se reestruture, e esta reestruturação afetará os estudantes de formas diferentes. De um lado teremos corrigido situações inaceitáveis por parte de algumas IES que estavam tratando a educação superior de forma estritamente mercantilista. Por outro lado o MEC esta engessando a EaD no sistema presencial e tirando uma das principais virtudes da metodologia que é a flexibilidade. No momento em que obriga as faculdades a terem uma infra-estrutura exagerada para constituírem seus pólos, (e muitas vezes não será utilizada pelos alunos). Isso vai inviabilizar a instalação destes em locais onde mais seriam necessários: em localidades distantes e que possuem números baixos de habitantes. Fechar pólos de uma hora para outra pode representar o fim do curso naquela localidade e serão, principalmente, os estudantes os mais prejudicados.
Qual o propósito da ABE, em que momento o estudande de EAD pode contar com ela?
Quando eu estava cursando graduação, a UNE não dava a menor atenção para os alunos de EaD, sequer para emitir a tal carteirinha de meia-entrada. Era um momento (e ainda vivemos muito disso) que os estudantes de EaD não sabiam nada a respeito do curso, seu reconhecimento ou autorização, a validade do diploma, etc. Então, se fez necessário a criação de uma entidade representativa dos estudantes desta metodologia, nasceu a ABE-EAD com o propósito de informar e auxiliar os estudantes sobre a mecânica desta ?nova? forma de ensino ?aprendizagem no Brasil.O estudante que tiver qualquer tipo de duvida ou dificuldade pode entrar em contato com a ABE-EAD através de nosso site www.estudantesead.org.br e o auxiliaremos.
O que ainda precisa ser melhorado?
Muita coisa ainda precisa melhorar, é certo que a EaD está apenas engatinhando por aqui, e, certamente vai se enraizar e sofrer as melhorias necessárias no tocante ao ensino-aprendizagem e em paralelo quebrar um dos maiores paradigmas enfrentado hoje, que é o preconceito com a metodologia. Quem hoje cursa educação a distância, vive questões de preconceito referente à qualidade e validade de seu diploma que beiram o absurdo, o desconhecimento é um mal que temos que enfrentar.
Como a ABE pode ajudar para que essas melhorias aconteçam?
A ABE-EAD já está desenvolvendo projeto que possa levar à comunidade em geral mais informação sobre o método, seus benefícios, sua validade e qualidade. Hoje fazemos isto através da EaD em Revista um periódico distribuído gratuitamente em todo o Brasil.Com os próprios estudantes de EaD fazemos um trabalho de conscientização através de palestras e atendimento em nosso site para esclarecer duvidas e transformá-los em vitrine da EaD.
Em que campos a ABE pode agir para mudar, ou amenizar, o preconceito existente dentro do próprio mercado de trabalho contra o profissional formado pela EAD?
Parcerias efetivas com os órgãos que representam a industria e comércio no país, que esclareçam seus associados do que é, como funciona a EaD noo Brasil e, principalmente, de que para o MEC não existe distinção entre alunos de EaD e presencial, a não ser pela metodologia de ensino.
Como a ABE vê os recentes fechamentos de pólos de algumas instituições de EAD?A SEED / MEC precisava fazer uma reformulação na legislação sim, e principalmente melhorar a fiscalização. Contudo, acreditamos que da forma com tem sido feito pode prejudicar o setor e em especial, pode prejudicar os estudantes que estão aonde pólos foram fechados, e que podem ficar a ver navios no meio do curso. Estamos acompanhando e participando de todo o processo para acionar os estudantes no momento em que percebermos que estes possam sair lesados de alguma forma.
ENTREVISTADOR / José Tadeu de Oliveira Filho Jornalista que atua no mercado editorial 3 anos. Envolvido em assuntos ligados à educação, comunicação e assessoria de imprensa.
3 comentários:
Olá,
Meu nome é Ariany, eu represento o Blog Vestibular, da FECAP (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado).
Primeiramente lhe parabenizo pelo seu blog. Parabéns ao Ricardo pelo sucesso e ao José pela, bem estruturada, emtrevista.
Gostaria de convidá-lo a conhecer e opinar num ambiente repleto de informações sobre educação: http://blogvestibularfecap.blogspot.com/
Conto com a sua visita!
Até mais!
Cara Ariany,
Gostei do seu blog e, sobretudo de conhecer pela WEB a FECAP. Em breve postarei alguns comentários no ambiente, pois discutir educação é o meu forte.
Até breve.
Esse tipo de ensino é deficiente e da margens para gente mal caráter como esse tal Holz aplicar golpes e vender bolsas. Holz foi acusado na eleição passada de trocar bolsas de estudo por votos além de se passar por advogado e aplicar golpes desde muito jovem. Quem dúvida é só pesquisar no google. Ao ivéz de facilitarmos o acesso à um ensino medíocre devemos exigir de nossos govewrnantes acesso a um ensino com a qualidade que nosso povo merece.
Postar um comentário