Brasil tem hoje 5,9 milhões universitários, indica o censo
O número de matrículas na educação superior brasileira aumentou de 3,5 milhões para 5,9 milhões em sete anos. Quase um milhão de alunos são formados a cada ano. Em 2002, os concluintes eram apenas 467 mil. Os dados são do Censo da Educação Superior de 2009, divulgado nesta quinta-feira, 13.
A região Sudeste concentra o maior número de matrículas — 2.516.712, que representam 49,2% do total. Em seguida, vem o Nordeste, com 965.502 (18,9%). Na região, 31,8% das matrículas são ofertadas em instituições federais e 31,4% em estaduais, enquanto no Sudeste a maior parte dos alunos (55,3%) está em instituições particulares.
O censo de 2009 registra 2.314 instituições de educação superior — 245 públicas e 2.069 particulares. No período de um ano, houve crescimento de 3,8% no número de instituições públicas e 2,6% no de particulares. O levantamento registra 186 universidades, 127 centros universitários e 1.966 faculdades. Além disso, 35 instituições federais públicas de educação profissional e tecnológica oferecem cursos superiores.
Cursos
Os cursos de graduação tiveram crescimento de 13% em relação a 2008. Dentre eles, os cursos a distância aumentaram 30,4% — metade deles é de licenciatura. As matrículas nessa modalidade representam 14,1% do total. Nas licenciaturas, também aumentou o número de concluintes. Em 2009, eram 241 mil formandos; em 2002, 133 mil. “Isso mostra o esforço de se formar mais professores”, disse o ministro.
Outro dado relevante refere-se aos cursos tecnológicos, que tiveram crescimento de 26,1% de 2008 para 2009. Foram registradas 680.679 matrículas em 2009; no ano anterior, 539.651. Há dez anos, o número era de apenas 69.797.
Quase metade das matrículas da educação superior concentra-se nos cursos de administração (1,1 milhão), direito (651 mil), pedagogia (573 mil) e engenharia (420 mil). Na educação a distância, pedagogia vem em primeiro lugar, com 286 mil matrículas. Nessa modalidade, apenas os dois cursos mais escolhidos — pedagogia e administração — detêm 61,5% do total de matrículas.
Profissionais
O número de professores chegou a 307.815, de acordo com o levantamento. Os que têm vínculo com instituições de educação superior são 359.089, dos quais 340.817 em exercício — aumento de 6% em relação a 2008 — e 18.272 afastados.
Cresceu, também, a quantidade de doutores que lecionam em universidades — 16%, em comparação com o ano anterior. O número de mestres continua predominante, com 36% do total. Os especialistas são 29% e os doutores, 27%. Nas instituições públicas, 75% dos professores são mestres e doutores. Nas particulares, 55%.
O censo mostra que o perfil médio do professor de instituição pública é do sexo masculino, média de idade de 44 anos, brasileiro, com doutorado e regime de trabalho em tempo integral. Nas instituições particulares também predominam os homens, média de 34 anos, brasileiros, com mestrado e regime de trabalho horista — recebem pagamento de acordo com a carga horária e têm como função exclusiva ministrar aulas.
Alunos
De acordo com o censo, 710 instituições tiveram alunos que ingressaram por meio dos resultados obtidos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Dessas, 541 adotaram o Enem como forma de seleção para mais da metade das vagas de ingresso.
De cada dez alunos matriculados em instituições particulares, três obtiveram bolsa de estudos de programas como o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) ou o Programa Universidade para Todos (ProUni).
Na graduação presencial das instituições públicas, 36.294 ingressos ocorreram por meio de reserva de vagas, principalmente para alunos oriundos de escolas públicas. Além disso, em 2009 foram contadas 20.019 matrículas de estudantes com algum tipo de deficiência (30% com baixa visão, 22% com deficiência auditiva e 21%, física).
Fonte:www.inep.gov.br
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