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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Professor deve se manter atualizado


“O professor não pode envelhecer nunca!”, afirma a professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP) e pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, Clarilza Prado de Souza. Segunda ela, o professor precisa constantemente atualizar seus conhecimentos tecnológicos, políticos, pedagógicos, éticos, e de relacionamentos que surgem com a evolução da sociedade. “É uma das únicas profissões que exigem renovação a cada momento. Precisamos estar sempre jovens”, afirma a professora, que acredita que o acúmulo de conhecimento e a atualização são desafios permanentes na vida dos educadores.

Clarilza coordena 31 grupos de pesquisa brasileiros, portugueses, argentinos e gregos. Eles estudam o processo de mudança da subjetividade do professor e como isso afeta a sua transformação em um bom profissional. O objetivo é pesquisar e trabalhar os dados, para levá-los às faculdades de educação. “Temos que considerar as condições subjetivas, o que o professor conhece, necessita. Não podemos mudar uma técnica sem conhecer quem são eles, qual a sua realidade”, explica.

Genir Genaro Lemos, de Campo Grande, é uma professora que está sempre em busca de novos conhecimentos. Com 37 anos dedicados ao magistério, ela acredita que os educadores devem atualizar-se, a fim de se adequar ao rápido avanço da tecnologia. Em sua opinião, os professores precisam estar preparados para lidar com alunos que possuem grande quantidade de conhecimentos, devido às facilidades que existem para buscar novas informações. “Os alunos sabem muito, em alguns casos até mais do que o professor”, afirma Genir, que já lecionou em cinco escolas estaduais e é graduada em letras e pós-graduada em metodologia de ensino.

A professora destaca também a importância do elo professor-aluno. “A falta de informação por parte dos educadores atrapalha o vínculo com os estudantes. Ao buscar informações novas, fica mais fácil atrair os alunos e estimular a participação e interação dentro de sala”, diz Genir.

Sobre a carga horária do educador, a pesquisadora Clarilza enfatiza que é fundamental que o professor tenha organização, para também se dedicar a seu trabalho, treinamento, programas de capacitação. “Uma das frustrações é que muitas vezes ele se capacita e não consegue aplicar na escola, no seu dia-a-dia”, afirma.

Em Boa Vista, Antônia Zélia Araújo Santos, 38 anos, conseguiu superar a agenda apertada. Há 16 trabalhando com educação, atua hoje como professora multiplicadora. Além de se interessar por cursos e buscar novas capacitações, ela estimula e aplica cursos a outros docentes. Antônia fez curso de pós-graduação a distância em tecnologia da educação, na Universidade do Rio de Janeiro. Para ela, o professor que busca a capacitação é mais dinâmico e sempre tem novidades para expor aos colegas e aos alunos. “Quem não se atualiza acaba tornando as aulas rotineiras e sem grandes atrativos”, defende Antônia. Segundo ela, “a capacitação beneficia principalmente os professores, mas também os alunos”.

Já Viviam Cristine Soder e Gomes, de Morrinhos (GO), sempre teve medo de expor suas idéias e colocá-las no papel, com receio de ser criticada por não ter um grau de formação maior. Concursada há muitos anos, como assistente de ensino, ficou feliz quando foi convidada para trabalhar como professora do pré-escolar, na Escola Municipal Modelo 14 de Maio, mas também preocupada, pois não tinha experiência. Agora, cursando o Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil (Proinfantil), está mais segura e confiante. “Sei que já posso entrar em uma sala de aula e ensinar às crianças, sem medo de errar. Com os conhecimentos adquiridos no curso, posso dizer com clareza: vale a pena acreditar e ir em busca de nossos ideais”, afirma.

Assessoria de Imprensa da Seed


Matéria publicada em:

http://www.mec.gov.br/seed

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